Diário do Alto Tietê – DAT – 29/08/2010
*Guilherme Mussi
Está previsto na Constituição brasileira que o cidadão tem direito a uma série de serviços públicos que devem ser prestados pelo governo federal, estadual e municipal. Mas não e preciso uma análise mais detalhada para saber que na prática isso não acontece na forma como deveria. Há uma série de carências e deficiências que necessitam ser enfrentadas com coragem, decisão e união.
Com o dinheiro dos impostos, taxas e contribuições que pessoas físicas e jurídicas recolhem a todo instante, em tudo que fazem e produzem, o governo, em todos os níveis, faz o caixa com o que deveria pagar pelo funcionamento de um serviço de qualidade.
Porém, não é isso que acontece e nosso atendimento na área da saúde vai mal, nossas escolas e nossa educação pública não apresentam a qualidade que delas se espera e a segurança pública oferecida ao cidadão ainda é precária para enfrentar a criminalidade.
E o que a sociedade pode fazer para isso melhorar? Pelo menos dois caminhos podem ser trilhados, e ao mesmo tempo. O primeiro deles está relacionado com o direito democrático de escolher os governantes, reivindicar e cobrar uma gestão aberta, transparente, em que seja fácil para qualquer pessoa compreender onde e como está sendo gasto o dinheiro que vem dos impostos, que sai do seu bolso na hora em que faz a compra do mês, abastece o carro, produz e presta serviços e trabalha, como assalariado.
O segundo aspecto está relacionado a um princípio que no Brasil mistura solidariedade, cidadania, voluntariado e responsabilidade social. Por ele, as pessoas se reúnem em defesa de uma causa, para ajudar irmãos brasileiros em situação de risco ou vulnerabilidade.
Na medida em que o voto consciente e o exercício diário da cidadania na política aproximar o governo da realidade das pessoas, um importante passo terá sido dado em direção a um futuro melhor. Da mesma forma, se práticas de sustentabilidade forem mantidas e ampliadas pelas empresas, valorizando o ser humano e nossa relação com o mundo, a sociedade como um todo terá manifestado com clareza para onde quer caminhar e, com isso, auxiliará decisivamente para a integração dos brasileiros e de seus governantes.
Guilherme Mussi é administrador de Empresas e fundador do Instituto Paulista de Renovação (INPAR)
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