Experiências mostram que educação integral pode continuar avançando no Brasil
Debatedores que estiveram presentes no Colóquio de Educação Integral, realizado na última semana em São Paulo (SP), acreditam que há possibilidades de o Brasil avançar na implementação da educação integral. Projetos desenvolvidos no país retratam condições para o progresso das ações, apesar dos desafios.
Em Palmas (TO), um projeto de educação integral começou a ser colocado em prática em 2008. “Na Escola [Municipal] Cora Coralina, colocamos oficineiros no contraturno escolar. As crianças têm aulas de filosofia, dança, xadrez e inglês”, relatou o secretário de educação de Palmas e professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Danilo de Melo Souza.
No regime de contraturno, enquanto metade dos alunos está em sala de aula cursando as disciplinas da grade curricular, a outra metade desenvolve outras tarefas. Os alunos da Cora Coralina permanecem em atividades educativas em média 9 horas e meia por dia. “O custo anual por cada criança do ensino fundamental é de R$ 1985. Agora, a educação infantil é o nosso principal problema, porque é mais cara”, revelou o secretário.
Nesse sentido, pensar na sustentabilidade é fundamental. Segundo Souza, em alguns casos, reestruturar a rede educacional, com a ampliação de vagas, a redução com os gastos indiretos das secretarias e a melhora do gerenciamento dos recursos do transporte e merenda resultam em economia suficiente para ser aplicada no aumento da jornada escolar. “Uma de nossas escolas na zona rural gastava R$ 5 mil apenas em transporte, porque tinha que fazer quatro viagens. Agora, com as crianças em tempo integral, o ônibus faz apenas duas”, completa.
(UOL)
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